"...E eu não me contento com qualquer sorriso, não! Eu quero o maior do mundo! Na boca de um homem que não se contenha ao me ver. Que fique de boca seca ao sentir o meu perfume...E que não consiga tirar as mãos de cima de mim!"
Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos,
vivida pela atriz Luana Piovani na minissérie
O Quinto dos Infernos
Comprei recentemente o box dessa minissérie e um dos momentos mais aguardados por mim era essa cena, em que a personagem Domitila fala pro pai e pra irmã como é o homem dos seus sonhos. Lembro que assisti e pensei "É isso que eu quero!", mas a cada desilusão amorosa bate a dúvida: será que ele existe, afinal?
Arrebatamento. Deve ser muito legal gostar de alguém e permanecer numa boa, com os pés fincados no chão. Mas eu quero mesmo é perder o sono, o apetite, a vergonha, a cabeça! Quero me sentir desejada, protegida. Quero morrer de ciúmes, e que morram de ciúmes. Enfim, quero alguém que ame com a mesma sofreguidão que eu amo.
Acredito que esse seja o motivo pelo qual cobro demais, exijo demais das pessoas com quem me relaciono. Espero a mesma empolgação, a mesma avidez, e quando não recebo de volta, cobro. Insistentemente, diga-se. Se não surte efeito, me afasto, julgando a pessoa fria e insensível demais pra mim. Isso quando não é a pessoa que se afasta de mim, emputecida pelas minhas cobranças e exageros.
Que exista. Que esteja em algum lugar o homem sobre o qual Domitila falava. Ela tinha certeza de que ele existia, e pra ela, esse homem foi D. Pedro. O meu não precisa ser imperador. Basta ser louco como eu.
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