segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Sobre 2015 e a volta dos que nunca foram

E 2015 passou inteirinho sem que eu postasse uma linha aqui.
Mas, na boa: 2015 foi um ano bem filho da puta. E não vem com essa de "o problema não é o ano, é você, kiridinha", porque não é.
Ano passado aconteceu muita merda no mundo (como nos outros anos, vai), mas parece que a mídia e as redes sociais e o " Grande Irmão " quiseram tornar tudo maior e pior e mais catastrófico. E de repente parece que todo mundo tem opinião formada sobre tudo, e não tem mais diálogo porque ou você é petralha ou coxinha ou fanboy ou hater ou do bonde dazinimiga.
Mas já nem me lembro de muita coisa, e o que passou já não importa. Ficou quem tinha que ficar, foi quem tinha que ir. Meu Gizmo foi pro céu dos gatos. Meu namoro amadureceu e virou casamento. Joguei The Witcher 3. Passei várias madrugadas em companhia da Netflix. Voltei a frequentar botecos e a trabalhar com registro em carteira. Aprendi a cozinhar e a fazer mercado sem ser pra comprar gordice. Conheci gente nova, algumas legais, outras pau-no-cu. Mandei nudes, mandei à merda. Tive medo de perder e não perdi, perdi sem medo de perder e nem senti. Senti saudade, chorei, bebi, ouvi Amy Winehouse e passou. E quando 2016 chegou, eu tava trabalhando, brindei com Cidra Cereser com gente de quem não gosto e nem prestei atenção no brinde da minha chefe porque tava pensando em...Sei lá no que eu tava pensando. Eu olhava pro céu, pro meu copo de plástico com cidra...Foi o único desfecho plausível pra 2015.
E agora que eu dormi o fim de semana inteiro, ao invés de pensar em resoluções de Ano Novo, tô aqui assistindo filme do Woody Allen e criando coragem pra fazer faxina antes de ir pro trabalho.
Fora o show dos Stones em fevereiro, não tenho ideia do que 2016 reserva pra mim. E aí sim entra a parte do "não é o ano, é você". Apesar das pessoas, vou continuar tentando ser melhor do que fui em 2015. E não porque fiz uma lista, mas sim porque é a ordem natural das coisas: você é jovem e não sabe nada, vai aprendendo, melhorando como ser humano, fica velha, e quando finalmente tava começando a entender as paradas... Morre.
Tenho, sim, planos, objetivos...whatever you name it. Mas vai rolar quando tiver que rolar, e a mim só resta lidar com o que a vida for me dando, tipo o mestre tartaruga lá do Kung Fu Panda fala pro mestre Shifu dando o exemplo do pêssego. E o Tom Hanks náufrago, que teve que esperar anos pra que a maré trouxesse material bacana pra ele usar na jangada e sair da ilha. Tanto exemplo daora que os filmes dão e a gente ainda fica na merda por bobagem, não é mesmo?
Vai, 2016: traz o que tiver que trazer. Pode demorar você todinho, mas eu aprendo como lidar/usar. Tá, kiridinho?

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