quinta-feira, 28 de abril de 2011

A boa do dia é...

...a que saiu na Folha de S. Paulo ontem:


Êêêêê!!! Segundo a nota, meu querido "Slowhand" se apresenta no dia 6 em Porto Alegre, no dia 9 no Rio e no dia 12 em São Paulo. Agora é torcer pra que os ingressos não sejam uma facada e que não role aquela viadagem de pista Prime/VIP/Mothafucka. Abaixo, um vídeo com trechos das músicas que ele tocou num show dessa turnê que virá pra cá. Parece que ele não toca minha favorita, "Bad Love", mas toca "Layla", toca uma dos tempos de Cream ("Badge"), "Cocaine"...Já vi o setlist e dá pra dizer que é um show FODA. Não é um show do Paul McCartney, claro, mas é tão imperdível quanto. ;-)



segunda-feira, 25 de abril de 2011

Fala que eu (finjo que) te escuto

Essa mania que nêgo tem de viver reclamando da vida é foda.
Reclamo da vida, falo da falta de trampo, de grana. Falo do que me irrita na faculdade, na vizinhança, em casa. E geralmente ouço reclamação numa boa também, justamente por achar que faz sentido ouvir quem me ouve. Mas tem gente...
Antes de entrar em detalhes, quero registrar aqui o quanto odeio a expressão "tem gente". Fica aquele clima de "Indiretas já", aquela coisa de querer apontar falha no outro sem dar nome aos bois. Péssimo. Mas é que nesse caso se trata de "gente" mesmo, não é uma pessoa só que faz isso. Assim, que a carapuça sirva em quem se habilitar a experimentá-la e pronto.
Voltando ao lance das reclamações: sim, tem gente que extrapola. Fica parecendo que a vida da pessoa é um mar de merda, que nada dá certo nunca, que o mundo inteiro a odeia...Caveira de burro enterrada embaixo da casa dela, só pode. Um poltergeist-zombeteiro-brabo cujo maior entretenimento é sacaneá-la de todas as formas possíveis. Aí você quer ser legal e pergunta "E aí? Tudo bem contigo?" e a pessoa dispara: "NÃO! Minha tia-avó teve uma reação alérgica a um sarapatel e tá no hospital, tirei nota baixa na prova, meu hamster morreu e meu casinho com quem tô saindo há 3 dias não atende o celular! Quero desabafar com alguém, mas ninguém me ouve!". E ai de você se tentar minimizar o que houve, se disser que vai passar, se pedir calma. "Você acha pouca coisa o que aconteceu? Queria ver se fosse SUA tia-avó, SEU hamster!" e por aí vai. E o pior não é nem isso de você querer ser gentil se submetendo a essa sessão de desabafo/tortura e ser esculachado. O pior é saber que vai ser SEMPRE assim. Os problemas da pessoa sempre serão maiores que os seus. E mais: ela nunca estará disponível ou terá paciência pra te ouvir. Vira uma via de mão única de desabafo interminável, pra qual você sempre terá que estar disponível sob pena de ser considerado(a) péssimo(a) amigo(a), insensível, sem coração e blah blah blah.
E joga na cara: "Quando você levou aquele pé-na-bunda e só falava disso, EEEEU fiquei te ouvindo!" quando, na verdade, o diálogo foi mais ou menos assim:

- Nossa, ainda não tô acreditando que ele fez isso comigo. E hoje fez 1 ano que a gente se conheceu...Amanheci pensando nele, uma saudaaade...
- É...foda isso. Sei como é. Entra nesse site e olha as bolsas! Qual você acha mais bonita: a de estampa floral ou a de caveiras?

Acredite: não vai mudar. Essa pessoa sempre sofrerá de uma espécie de "déficit de atenção" pra ouvir suas lamúrias. E sempre reclamará de VOCÊ quando seus problemas estiverem ocupando demais seus pensamentos a ponto de você não querer ouvi-la. Em suma, não tem nada do que essa pessoa não reclame. E quando não tem, pode deixar que ela arruma:

- Oi! Tudo bem?
- Não. Tô me sentindo...triste.
- Mas o que houve?
- Sei lá. Tô me sentindo feia hoje.

E não é TPM, não é falta de sexo, não é frescurinha de menina. A pessoa quer atenção. Quer alguém que fique dizendo pra ela não ficar assim que tudo vai dar certo, que ela tem pessoas que a amam muito, que ela é linda...Essas merdas. Quando na verdade, PROBLEMA pra mim é mais do que estar se sentindo triste porque tá se achando feia, ou porque seu casinho de 3 fodas não atende o celular pra ouvir seus ataques de "forever alone". Aí você pode dizer que o conceito de problema é subjetivo, ou que o tamanho/importância do problema é relativo. Que seja. Mas se é assim, pelo menos que haja reciprocidade. Eu te ouço se você me ouvir. Do contrário, eu finjo que te escuto enquanto como chocolate e leio Leminski. "Fica assim, não. Tudo vai dar certo, você vai ver!" e vou pra cama pensando no quanto o cd novo do Foo Fighters é foda.


sábado, 23 de abril de 2011

Além Alma (uma grama depois)

Meu coração lá de longe
faz sinal que quer voltar.
Já no peito trago em bronze:
NÃO TEM VAGA NEM LUGAR.
Pra que me serve um negócio
que não cessa de bater?
Mais me parece um relógio
que acaba de enlouquecer.
Pra que é que eu quero quem chora,
se estou tão bem assim,
e o vazio que vai lá fora
cai macio dentro de mim?

Paulo Leminski                 

                

sexta-feira, 15 de abril de 2011

I'm so tired

Tô tão cansada...


...que preciso de um tempo longe de tudo.
"You know I'd give you everything I've got
for a little peace of mind"

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Admiradora secreta

Acho que ele nem sabe de tudo isso que vou falar, mas foda-se. Vai saber agora.

Quando entrei na faculdade de Jornalismo, me achava foda. Mas isso foi até conhecer gente bem, mas BEM mais foda que eu. Gente que já tinha lido Albert Camus, que curtia banda que eu nunca tinha ouvido falar, que fazia poesia...e que fazia fanzine. Eu nunca tinha visto um fanzine na minha vida, nem sabia como era feito um. Me surpreendeu saber que, numa época sem internet e sem computador, gente ralava e gastava o que não tinha pelo simples prazer de compartilhar informação. QUALQUER TIPO de informação. Parada bem DIY. Aliás, "Do It Yourself" era coisa que também não fazia parte do meu universo. Fanzine, DYI, Ramones, Almodóvar, Saramago, Gael García Bernal...Tudo isso e muito mais só passou a fazer parte da minha vida depois que conheci Márcio Sno.

Ele diz "Se ninguém faz, façamos" e o lance é bem esse mesmo. Se ninguém tem cojones pra fazer, ele faz. E faz bem feito. Ele planeja, ele organiza, ele coordena, ele executa e finaliza. He's the man. Nunca conheci ninguém igual. E nessa minha vida de poucas realizações, as mais expressivas foram influenciadas pelo modo Márcio Sno de viver a vida. De ter um monte de coisa contra, de gente cornetando dizendo que não dá certo, que não vale a pena, que não leva a nada e você simplesmente ir lá e fazer. Sem esperar nada em troca, mas tendo retorno mesmo assim. Você não só manifestar a paixão que sente por alguma coisa, mas transformar essa paixão toda em AÇÃO.

O que mais vai ter na vida da gente é povinho torcendo contra, seca-pimenteira, os famigerados haters. Márcio Sno nunca se deixou abalar por gente assim. E quando tô numa fase como a de agora, em que tô quaaase desistindo, desanimando, me rendendo, leio uma "carta" que ele escreveu pra mim (durante as aulas rolava um instant messenger artesanal, aquele lance de escrever alguma observação pertinente num papelzinho e passar pro colega; até hoje tenho alguns desses bilhetes nas minhas coisas) e fico bem. Nessa carta, ele chama minha atenção pra esse meu lance da auto-sabotagem que rolou desde sempre e sobre o qual eu até já falei aqui. E fala outras coisas também que me ajudaram muito e das quais ele nem tem idéia do efeito porque nunca falamos a respeito. Muito do que ele fala e faz é inspiração pra mim e ele nem sabe. Como eu disse, vai saber só agora, quando e se ler isso aqui.

Falei tudo isso porque vou divulgar aqui um documentário sobre fanzines feito por ele. Se assim como eu, você também é ignorante sobre o assunto, assista. Vale muito a pena, o trabalho ficou bacana mesmo. Ele tem outro documentário, que foi o trabalho de conclusão de curso dele na faculdade, e que tá na mesma página do Vimeo.

Escrevi um depoimento pra ele, no auge do Orkut, em que dizia que queria ser como ele quando crescesse. Faço questão de reiterar e deixar registrado isso aqui, bem como a admiração e o carinho imensos que sinto por essa pessoa que, sem nem saber, me apoiou e ajudou muito. Todo sucesso do mundo pra você, amigo.


É muito simples

Nunca entendi qualéquié a desse povo que reclama da programação da TV, do rádio, do feed de notícias do Facebook, da timeline do Twitter. Reclama do conteúdo do jornal, das revistas, dos portais...Nada pra essas pessoas vale a pena, interessa, informa, entretém. Tudo é chato, tudo é irrelevante, tudo enerva.

Ora, então mude de canal, deixe de comprar o jornal, dê unfollow, faça faxina no feed do FB. Em época de tragédias como as que aconteceram no Japão e no Rio de Janeiro também é mto comum galera descer o pau no sensacionalismo midiático. Pois não o alimente. Quanto menos urubu, melhor. É só parar de querer ver sangue que ele pára de jorrar nos meios de comunicação. Tragédia é fonte inesgotável de conteúdo: sempre vai ter um vizinho, um amigo do primo da cunhada da empregada da vítima querendo falar, sempre vai ter passeata, o papa sempre vai lamentar e orar, essas coisas. Pois pare de dar Ibope e pronto.

Tô falando disso aqui porque o conselho é velho mas parece que pouca gente conhece. E reclamação sem fundamento me irrita profundamente. Portanto, faça como diz Raulzito nessa música e toque sua vida sem ser chato com os demais: o que é chato pra você, pode não ser pro outro. E o sensacionalismo só existe porque tem quem pague por ele. Então, mude de estação e seja feliz. ;-)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Who's on the stage?

Piadinha boba de um episódio dos Animaniacs que vi há muuuito tempo mas que lembro até hoje. Sim, a nostalgia continua.

domingo, 3 de abril de 2011

Slide, Donald, slide!

Procurei MUITO esse desenho do pato Donald. Dos personagens Disney, ele é um dos meus favoritos, e essa história em que ele quer ouvir o jogo de beisebol e a abelha quer ouvir música clássica ficou marcado na minha memória, sei lá por que. Coincidentemente, tô usando uma camiseta surradíssima que tenho do Donald e que usei na primeira vez que prestei vestibular só por estar escrito nela SELF CONTROL, ou seja, uma coisa que nem esse pato, nem vestibulando nenhum tem. Comentei com uma amiga que ando meio nostálgica, mas até então esse meu saudosismo se restringia às minhas listas de reprodução do media player, com músicas que não ouvia há um tempão. Essas coisas mexem com a gente de um jeito, né? Uma música, um filme, um desenho, um perfume e você volta anos no tempo, de tal modo que parece que sente tudo de novo, que essas coisas aconteceram um dia desses. Sei lá. Tô velha.