terça-feira, 24 de maio de 2011

"Survival is the best revenge"

"Supernatural" tá um porre (li que vai ter 7ª temporada, argh), "True Blood" ainda não voltou das férias...Andava sem opções de séries pra acompanhar. Tá certo que, recentemente, descobri "Drop Dead Diva" e ainda não terminei de assistir às temporadas anteriores de "Dexter", mas queria alguma coisa nova, sei lá.

E foi fuçando nesses sites de downloads atrás de novidades que encontrei "Spartacus - Blood and Sand". VI-CI-EEEEI!!! Não sei por que não dei a mínima antes! A história acredito que todo mundo conhece: um gladiador trácio que lidera uma revolta de escravos na Roma Antiga. Pois é. Mas os criadores da série tomaram a liberdade de mudar algumas coisinhas na história, deram um visual "300", colocaram bastante sangue, intriga, traições, homens grandes e fortes seminus, mulher pelada, muuuuito sexo e PRONTO: tava feito o seriado mais viciante e mais empolgante que já vi. Sério, só assistindo mesmo pra saber do que tô falando. Spartacus parece heroína de novela mexicana: só se fode. Até que, num determinado momento (não vou revelar muito; este post é spoiler free) ele levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima...pero no mucho. A série volta pra sua segunda temporada em setembro. Pelo menos é o que dizem. Explico: o ator que interpreta Spartacus, Andy Whitfield, foi diagnosticado com câncer. A princípio, ele faria o tratamento e voltaria zerado pra continuar a saga do gladiador. Mas parece que o tal câncer é mais agressivo do que imaginavam, e contar com o Andy já não foi mais possível. Fiquei sabendo que o ator escolhido pra interpretar Spartacus na segunda temporada é o Liam McIntyre. Cute, mas sou mais o Andy. Pra acalmar os ânimos dos viciados como eu, lançaram uma prequel de "Spartacus - Blood and Sand" chamada de "Spartacus - Gods of the Arena". Ainda não assisti. Tô escrevendo essa "resenha" antes de assistir ao 11º dos 13 episódios da primeira temporada. Já era pra eu ter terminado, tava assistindo 3, 4 episódios seguidos. Mas quando vi que tava no final já, fiquei me segurando...Não queria que acabasse. =(

No elenco, Lucy Lawless (a Xenaaaa!) e o John Hannah, que todo mundo deve conhecer pelo filme "A Múmia". Os dois estão maravilhosos como Lucretia e Batiatus, o casal dono do "ludus" (uma espécie de campo de treinamento para a formação de gladiadores) onde Spartacus serve como escravo depois de capturado por desertar do exército romano. Esse trailer explica a idéia geral da série:


Ou seja, o cara é alistado à revelia pra guerrear ao lado do exército romano (ele é trácio, obrigado a lutar por Roma porque seu povo, assim como outros à época, está sob domínio romano), deserta quando vê que os romanos tão pouco se lixando pra vila dele, é capturado, separado da esposa gostosa, feito escravo e condenado à morte na arena. Escapa da morte mas não do treinamento foda de gladiador, e a todo momento tem sua resistência física e psicológica testada pelas mais diversas filhadaputices que os inimigos armam pra ele. Se ele reencontra a esposa e se vinga com gosto de todo mundo que o sacaneou? Só assistindo pra saber. Eu vou terminar. E assistir tudo de novo depois, e depois, e depois...

Stars

"I love you just the way you are
I'll have you just the way you are
I'll take you just the way you are
Does anyone love the way they are?
"


segunda-feira, 16 de maio de 2011

Iniciativa popular

Uma das coisas bacanas de estudar Direito é que muito assunto antes considerado um porre passa a ser visto como interessante, bacana de discutir. Pra mim, um deles diz respeito a Constituição Federal.

A Constituição é a lei maior de um Estado democrático de Direito. Nossa Constituição data de 5 de outubro de 1988, ou seja, foi elaborada e promulgada pouco depois do fim da ditadura. Daí sua preocupação em garantir a cidadania e a dignidade da pessoa humana (eu sei, odeio essa expressão "pessoa humana" também, mas ela tá na Constituição e minha profª disse que não tem nada de errado, é um "reforço de expressão"). Atualmente, ela conta com 67 emendas, "modificações pontuais" que vão sendo feitas sem que seja necessária a convocação de uma nova Constituinte e elaboração de uma nova Carta Magna. Só pra vocês terem uma idéia, a Constituição norte-americana é de 1787 e tem 27 emendas. Brasileiro tem mania de complicar as coisas mesmo...

Mas eu não tô aqui pra falar da Constituição, nem da dignidade da pessoa humana (tema do meu projeto de pesquisa) nem nada. Na verdade, tem a ver com a Constituição SIM, mas não é sobre a história dela, e sim sobre um dos direitos que ela garante pra gente: a Iniciativa Popular. A Constituição assegura aos cidadãos brasileiros, dentre outras coisas, o direito de criar leis. Acredito que pouca gente saiba disso. Tudo bem que o processo não é lá tão fááácil (que processo no Brasil é fácil?), mas ei, É UM DIREITO NOSSO. Sinto um pouco de vergonha de dizer isso, mas até entrar no curso de Direito eu nunca tinha lido a Constituição. Sabia pouquíssima coisa sobre ela, assim como tinha uma vaaaga idéia de como funcionavam os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Como tô no começo do curso não posso dizer que domino o assunto já, né. Take it easy, folks.

O vídeo a seguir explica direitinho como é essa parada da Iniciativa Popular. Ações como essa, de explicar, esmiuçar e difundir assuntos tido como "complexos demais" pra maioria da população mas que são de interesse dela, a meu ver são EXTREMAMENTE IMPORTANTES e válidas. Sempre acreditei que se política fosse explicada dessa forma pras pessoas, desde o começo da vida escolar por exemplo, o conceito de cidadania seria melhor compreendido. A principal consequência disso é que ninguém votaria no Tiririca. Tenho vontade de pegar a Constituição toda e fazer algo no mesmo estilo desse vídeo e divulgar por aí. Nessas horas me baixa o Márcio Sno e não sai da minha cabeça o "se ninguém faz, façamos" dele. Afinal, não é de iniciativa que estamos falando?

The Greatest View

"[...] Considere o fato de que, por 3,8 bilhões de anos, um período maior que a idade das montanhas, rios e oceanos da Terra, cada um de seus ancestrais por parte de pai e de mãe foi suficientemente atraente para encontrar um parceiro, suficientemente saudável para se reproduzir e suficientemente abençoado pelo destino e pelas circunstâncias para viver o tempo necessário para isso. Nenhum de seus ancestrais foi esmagado, devorado, afogado, morto de fome, encalhado, aprisionado, ferido ou desviado de qualquer outra maneira da missão de fornecer uma carga minúscula de material genético ao parceiro certo, no momento certo, a fim de perpetuar a única sequência possível de combinações hereditárias capaz de resultar- enfim, espantosamente e por um breve tempo - em você."
Bill Bryson - Breve História de Quase Tudo

E vendo vídeos como esse a gente se dá conta do quão sortudos - e insignificantes - nós somos:

The Mountain from TSO Photography on Vimeo.

Dica da Ana Paula Brito.

domingo, 15 de maio de 2011

Waiting sucks

São vários os teaser-trailers da 4ª temporada de True Blood na net. Mas esse tem o Alcide mais gostoso que nunca...


"Alcide, stop making that noise!"

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Justice has been done (?)

Pra pergunta "O que você estava fazendo no dia 11 de setembro de 2001, na hora dos ataques às torres gêmeas de Nova York?", todo mundo tem resposta. Foi o tipo de acontecimento que a gente nunca vai esquecer. Confesso que fui pessimista-catastrofista-paranóica-loca-loca-loca e disse que ia culminar numa 3ª Guerra Mundial, "Vamos todos morrer!!!" e aquela coisa toda. Sim, resultou em guerra: os EUA invadiram o Afeganistão, invadiram o Iraque, depuseram, prenderam, julgaram, condenaram e executaram o Saddam Hussein...Mas o cara por trás dos ataques, o terrorista que se tornou mundialmente conhecido por ter tido cojones de atacar o país do "exército mais poderoso do mundo", de ter iniciado essa guerra mas em solo norte-americano, escapou. Osama bin Laden, bem como as armas de destruição em massa que o presidente norte-americano à época, George W. Bush, acusou Saddam Hussein de armazenar, nunca foram encontrados. Pois bem, as armas do Saddam  ninguém sabe, ninguém viu. Mas hoje, quase 10 anos depois daquela manhã de 11 de setembro de 2001 que ninguém nunca vai esquecer, o atual presidente norte-americano, Barack Obama, fez o seguinte discurso:


Sim, my people: Osama bin Laden está morto. E eu tava na minha, curtindo meu fim de domingo perdendo tempo no Facebook, falando de futebol no MSN e ouvindo música quando soube. Depois foi uma chuva de tweets, muuuitas piadinhas à respeito, notícias desencontradas, traduções sofríveis...Mas ficou a certeza de que, tal como o 11 de setembro de 2001, a data de hoje também entra pra história. E não porque com o fim do Osama, a tal "Guerra contra o terror" também já era. Mas porque a morte do Osama anunciada dessa forma pelo presidente Barack Obama, em quem os americanos depositam tanta esperança e confiança, vem reforçar o patriotismo, dar uma revigorada na autoestima, tirar o pó do orgulho que o povo americano tem do seu way of life. Obama relembra o 11 de setembro, fala da guerra contra a Al-Qaeda, da fuga de bin Laden, dos anos de caça malsucedida, até a pista e os meses subsequentes de investigação que o levaram a autorizar uma missão de captura em solo paquistanês. Obama reafirma que a guerra à qual os EUA se lançaram após o 11/9 foi contra a Al-Qaeda e não contra o Islã, e que essa guerra ainda não acabou. Mas o presidente americano fala também de determinação, reforça o "Yes, we can" da sua campanha, fala pro povo americano que é a união e a certeza, a crença de que conseguirão atingir todos os objetivos aos quais se propõem que os fazem ser quem são. "America can do whatever we set our mind to. That’s the story of our history", ele diz. Obama chega até a se atrapalhar com algumas palavras no começo do discurso, tamanha a emoção de quem sabe que tá dando pro mundo uma notícia importante, a emoção de quem tá dando ao SEU povo, aos seus eleitores, a notícia da morte de alguém que lhes inflingiu tanta dor e medo, de uma forma até então desconhecida por eles. E termina dizendo: "Let us remember that we can do these things not just because of wealth or power, but because of who we are: one nation under God, indivisible, with liberty and justice for all" ("Lembremo-nos que podemos fazer tais coisas não por causa de riqueza ou poder, mas por causa de quem somos: uma nação sob Deus, indivisível, com liberdade e justiça para todos"). Mais patriota e "fuck yeah" impossível. Resta saber se, assim como afirmou Obama, a justiça foi realmente feita. Que bin Laden era um assassino em massa, não há dúvida. Mas as circunstâncias reais sob as quais ele foi localizado e morto, talvez nunca saibamos. E como os americanos gostam de dizer, "the devil is in the details".