terça-feira, 29 de outubro de 2013

Basílio

Hoje é Dia Nacional do Livro, e eu tava aqui mexendo nos meus. Às vezes tenho vontade de, ao invés de escrever as merdas que escrevo aqui, só transcrever trechos dos meus livros favoritos. Só trechos, só excertos, sem bancar a escritora, nem me meter a criticar/resenhar nada. Bem provável que faça isso em breve.

Aí eu peguei um dos meus livros favoritos hoje, e tirei foto do trecho mais famoso dele, que transcrevo abaixo:


"E Luísa tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma,e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo conduzia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!"

Falei que esse é o trecho mais famoso dele porque todo mundo já ouviu essa música:


"O Primo Basílio" é um livro cuja história parece manjada demais, mas ainda assim prende a atenção, emociona, envolve, revolta. O Basílio foi o primeiro canalha da minha vida, vai ver por isso esse livro é tão marcante pra mim.

O trecho transcrito acima tá na página 99 do meu livro, que é aquele da coleção que a Folha de São Paulo lançou séculos atrás.


Como esse post é só pro Dia Nacional do Livro não passar em brancas páginas, e eu disse que ia me limitar a transcrever sem opinar, paro por aqui. Não vou (não hoje, pelo menos) dizer o que penso a respeito da heroína do romance, a Luísa, do marido Jorge e do primo-amante-sacana Basílio. Mas é incrível como a história continua atual, se não pelo drama da traição, pelo desfecho trágico dos amores infelizes.

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